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Aumento da produção de biodiesel deve beneficiar produtores gaúchos 3hlo

07/04/2015

Do campo à indústria

 

Soja, principal matéria-prima do biocombustível, e canola devem ser mais disputados no mercado

por Fernanda da Costa- Jornal Zero Hora.

07/04/2015 | 05h51


A maior demanda por biodiesel no país deve ter impacto direto nas lavouras. Responsável por 75% da matéria-prima usada na produção do biocombustível no país, a soja deve ser ainda mais disputada no mercado. Além disso, o aquecimento do setor deve fomentar a canola, cultura ainda coadjuvante na produção do combustível.

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No embalo da expectativa de colher uma
 supersafra de soja no Rio Grande do Sul — 14,8 milhões de toneladas, conforme a Emater —, o setor de biodiesel pretende se consolidar com uma boa alternativa ao agricultor. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS), Décio Lopes Teixeira, a vantagem do interesse da indústria de biodiesel é que o grão ará a ser mais concorrido:

— Ter mais mercado é sempre bom para o produtor, que deve procurar o melhor preço. E a indústria de biodiesel pode nos oferecer vantagens como assistência técnica e logística.
 

Na visão de Teixeira, é importante que Brasil incentive o setor de biodiesel para que o país e a exportar o grão com maior valor agregado. Hoje, o
 país processa só 16% da produção de soja nacional em farelo e óleo, segundo estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). 

— Com o processamento da soja aqui, em farelo e óleo, os empregos e a riqueza ficarão no Estado. Outra vantagem é que terá mais oferta de farelo perto, o que favorecerá a criação de frangos, suínos e gado — observa Alencar Rugeri, assistente técnico da Emater.


Rugeri explica que a indústria de biodiesel tem papel importante para desenvolver novas culturas no Estado, como a canola. Produzido no Sul e em Minas Gerais, o grão representa menos de 1% da matéria-prima, mas tem como trunfo o fato de ser plantado na entressafra de soja. 

A projeção da Associação Brasileira de Produtores de Canola (Abrascanola) é de que a
 área cultivada cresça 30% e chegue a 65 mil  hectares no país — 48 mil deles no Rio Grande do Sul, uma projeção 20% maior do que o plantado em 2014.

Com preço baseado na cotação da soja, a canola é ótima alternativa para a rotação de culturas no inverno. Estudos mostram que seu cultivo melhora a produtividade da soja e do trigo plantados depois nas mesmas áreas — destaca o presidente da Abrascanola, Luiz Gustavo Floss.

 

 

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