CANOLA: evolução na adoção de tecnologias pelos produtores rurais do RS 2xo2p
01/04/2015
Luiz Gustavo Floss
Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Canola
A cultura da canola no Rio Grande do Sul está presente desde a década de 70. Devido a diversos fatores, ocorreram problemas de manejo da cultura, de genética e de clima.
Nos últimos anos, houve melhorias em diferentes fatores, sempre com o intuito de viabilizar a cultura da canola aos produtores rurais. Atualmente, o produtor pode realizar o planejamento da cultura objetivando a produtividade de 2.000 kg/ha, o que no ado situava-se em torno de 1.000 kg/ha.
Alguns pontos podemos observar de melhoria no manejo da cultura da canola conforme abaixo:
· Novos cultivares: nos últimos anos mais empresas estão investindo em trazer ao Brasil novos cultivares que proporcionem diversificação de ciclos de produção, resistência a doenças e aumento do potencial produtivo.
· Adubação: os produtores rurais estão realizando a adubação de acordo com o potencial de produtividade mais elevado. No ado fazia-se uma adubação com doses baixas, o que proporcionava baixa produtividade
· Época de semeadura: deve-se salientar que a melhor época situa-se entre os meses de abril e maio, cuidando para que os cultivares mais tardios sejam semeados primeiro e os cultivares mais precoces devem ser semeados mais tardes
· Cuidados na semeadura: por ter uma semente muito miúda, possui pouca energia, o que deve-se tomar alguns cuidados importantes. A velocidade de semeadura não deve ser superior a 6 km/h, a profundidade deve ser entre 1 e 2 cm e cuidar para que o sistema de distribuição não perca sementes
· Colheita: já existe máquinas para corte, enleiramento e recolhimento de canola com tecnologia brasileira, isso possibilita diminuição dos custos aos produtores e o a melhores condições para menores perdas de colheita.
O RS semeou em 2014 cerca 40.000 ha e o Brasil cerca de 50.000 ha, ou seja, o RS representa 80% da produção brasileira e com crescimento. O potencial de crescimento é de 20% na área para a safra 2015, o que poderia representar cerca de 48.000 ha de canola no RS e cerca de 60.000 ha no Brasil.
Atualmente o Brasil é importador de canola, pois a demanda atual é o equivalente a 130.000 ha. Ou seja, o Brasil pode crescer cerca de 70.000 ha ainda, o que proporciona potencial de investimento por parte dos produtores com garantia de compra da produção. Isso se falando, somente para consumo humano. Ou seja, se falarmos em demanda para a produção de biodiesel, essa demanda incrementa.
